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11/11/2012

Belas imagens da Caatinga

  (...) Ao passo que a caatinga o afoga; abrevia-lhe o olhar; agride-o e estonteia-o; enlaça-o na trama espinescente e não o atrai; repulsa-o com as folhas urticantes, com o espinho. Com os gravetos estalados em lança, e desdobra-se-lhe na frente léguas e léguas, imutável no aspecto desolado: árvore sem folhas, de galhos estorcidos e secos, revoltos, entrecruzados, apontando rijamente no espaço ou estirando-se flexuosos pelo solo, lembrando um bracejar imenso, de tortura, da flora agonizante...”.
                                        “Os Sertões” Euclides da Cunha
 
Bioma frágil e muito degradado durante anos de ocupação e atividades econômicas que atingiram diretamente sua ecologia, a caatinga, único bioma exclusivamente brasileiro, hoje sofre com a redução das espécies de sua fauna e flora e com o processo de desertificação acelerado. Atividades menos degradantes, que tenham como premissa a sustentabilidade, devem ser realizadas possibilitando assim uma “exploração” de modo racional e o Turismo pode ser inserido como uma dessas atividades, trazendo benefícios ao ambiente e as populações que ali vivem.
Rodovia potiguar corta a região da caatinga e releva um belo cenário composto por serras e vales.
 Um olhar mais atento o sertão nordestino revela paisagens incríveis e já espontam iniciativas, mesmo que isoladas, de turismo bastante consolidadas de visitação de cunho turístico como o turismo arqueológico Parque Nacional da Serra da Capivara (PI), o cultural no Lajedo de Pai Mateus (Cabaceiras, PB) e o pedagógico e  de aventura na região do Seridó Potiguar (RN).
Vegetação perde as folhas na época da seca para polpar água.
 
Vegetação típica da caatinga
De clima semi-árido, a caatinga, que sempre foi vista com ''maus olhos'' por todo país, apresenta grandes recursos a serem visitados e conhecidos, principalmente por aqueles turistas que gostam de aliar meio ambiente e cultural, com aventura e experiências. A caatinga não é só seca, cinza e pedra, oferece recursos para o desenvolvimento do artesanato local, como a fibra da carnaúba, e frutas saborosas como cajá, umbu e o maracujá-da-caatinga. Já entre os seus moradores mais ilustres estão a ararinha azul (espécie ameaçada de extinção), o tamanduá, a asa-branca, cutias, gambás e veados.
É com o Por-do-sol na caatinga que nos despedimos. Lajedo de Pai Mateus,PB.


10/11/2012

Parques Nacionais do Brasil: Chapada Diamantina (BA)


A Chapada Diamantina está para o interior da Bahia, assim como um oásis está para um deserto. Uma explosão de verde e de vida no coração baiano em uma singular paisagem natural. De lá brotam várias nascentes e rios que percorrem e cortam a área da Chapada, formando também lagos, quedas d'guas e cachoeiras incríveis - como a Cachoeira da Fumaça, a mais imponente da região - que pode ser acessada tanto por baixo, quanto por cima através de trilhas com diferentes graus de dificuldade.

Atualmente, grande parte da área está protegida através da criação do Parque Nacional da Chapada Diamantina está a cerca de 430 km da capital do estado, Salvador e 1.100 km da capital federal - Brasília. A Chapada é hoje um dos principais destinos do ecoturismo no Brasil e vem recebendo um número considerável de visitantes e já possui infraestrutura adequada para acolher os ecoturistas.
Andaraí, Lençóis, Igatu, Caeté-Açu(Vale do Capão) são algumas das pequenas cidades históricas próximas ao parque onde é possível encontrar hospedagem e certa estrutura de mantimentos durante a viagem. Lençóis é a principal cidade da Chapada Diamantina e se destaca pela arquitetura colonial de suas casas e sobrados, além das belezas naturais em sua volta. É tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. A cidade possui aeroporto que recebe vôos regulares e tabmém pode ser acessada pela BR-242.
Visitação: Para desfrutar de um passeio sem imprevistos, o melhor é contratar os serviços das empresas de ecoturismo da região ou os serviços dos guias, através da Associação dos Guias da Chapada Diamantina.
Acesso: Para se atingir a região da Chapada Diamantina existem três opções: ônibus diários de Salvador ou Brasília da viação Real Expresso ou Águia Branca; automóvel particular pela BR 242 ou avião.

 
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