25/05/2014


Uma experiência de hospedagem autêntica em qualquer lugar do mundo a um preço justo e acessível é possível para nós - meros viajantes? A resposta é SIM, e isto está relacionado ao surgimento dos espaços colaborativos e redes virtuais que estão modificando os hábitos e as interações entre pessoas em suas viagens. Antes apenas restritos aos hostels (albergues da juventude) e aos campings, o turismo alternativo vem sendo difundido no Brasil e propostas como o cama e café e os sites Couchsurfing e Airbnb já são possibilidades reais para os nossos viajantes.

O uso da internet potencializa esta modalidade de hospedagem e atrai um número crescente de adeptos. Uma verdadeira rede de pessoas oferecendo seus espaços para possíveis hóspedes a um preço, na maioria das vezes, camarada (os chamados anfitriões) ou candidatando  a instalar-se temporariamente em um deles (os hóspedes), assim podemos definir portais como o Couchsurfing e o Airbnb - que "apenas" fazem a intermediação entre ofertantes e demandantes. E esta oferta é bem variada - pode ser um flat equipado ou um colchão na sala de estar, um sofá ou um quarto compartilhado, um apartamento completo ou, até mesmo, uma casa na árvore.

Vou descrever a experiência utilizando a plataforma do Airbnb:

Página inicial do Airbnb. Direitos reservados ao Airbnb.com.
1- "O cadastro": primeiro é necessário um cadastro no site. A opção de utilizar para o cadastro do perfil do facebook. Por questão de segurança todas as informações devem ser verdadeiras, passível de banimento do perfil do usuário da comunidade.


Página de pesquisa da plataforma Airbnb. Direitos reservados ao Airbnb.com.

2- "A reserva": Para quem já utiliza portais como booking.com, decolar, mala pronta, etc.  a reserva no airbnb não traz grandes mudanças. Primeiro você digita as informações da hospedagem - o destino, as datas e o número de pessoas. Na sequência aparecem algumas opções como tipo de hospedagem, faixa de preço e a localização. Escolhida a oferta, chega a principal diferença do airbnb quanto aos sites de reservas tradicionais - o contato com o anfitrião. Isso mesmo, é possível tirar dúvidas sobre o destino, a oferta, saber das condições e regras. A partir desse contato o ofertante terá 24 horas para dar uma resposta da solicitação da reserva, feito isso já é possível continuar o processo de pagamento da mesma maneira.

3- "O planejamento da viagem": Em suma, acontece de modo semelhante as tradicionais formas. Um lado bom do airbnb é que o anfitrião pode dar umas dicas, passar sugestões de roteiros, etc. Outra importante informação é combinar antecipadamente o horário de chegada (check-in), já que nem sempre o anfitrião poderá está no espaço reservado 24h.

4- "A recepção": claro, cada anfitrião receberá de modo diferente seu hóspede. Mas o legal de tudo isso é ele já saber um pouco de você, além do seu nome, profissão e RG, como na hotelaria convencional, além disso, nada melhor do que não precisar enfrentar fila no check-in e ainda preencher a ficha de ocupação hoteleira.

5- "A estada": também dependerá do perfil do anfitrião, por isso você deve ter atenção na etapa de reserva e buscar conhecer um pouco ele. No meu caso, tive grande sorte - o anfitrião, apesar de ter hábitos bem diferente dos meus, teve ótima sinergia comigo, além de trocar várias ideias ele me ajudou no deslocamento pela cidade, informou lugares legais para conhecer e, até mesmo, participou de algumas programações da minha viagem. Sem falar que teve paciência ensinar a jogar Resident Evil para alguém que há uma década não jogava video game.

6- "O check-out": melhor seria dizer a "hora de dar tchau". Na saída não carrego apenas minha bagagem, mas uma amizade e uma experiência nova.

Resumindo: acho que as pessoas estão um pouco cansadas do atendimento padrão da hotelaria convencional, da falta das relações pessoais, do cuidado e, até mesmo da atenção. As pessoas, e este leitor se inclui, querem experiências e estão dispostas a conhecer esta modalidade de hospedagem, vivenciar rotinas diferentes das suas, encontrar novos amigos e até, talvez, viver em um destino de viagem como um residente temporário e não como um turista. E nisso, sem dúvidas, sites como Couchsurfing e Airbnb ajudam a ter perspetivas novas em suas viagens. A priori não espere nenhum tratamento de luxo com este serviço, salvo alguns casos explicitados nas ofertas pelos anfitriões que dispõem de serviços completos relacionados à hotelaria tradicional, talvez a reserva em um hotel 4 ou 5 estrelas não deva ser descartada a depender do motivo da viagem, duração e companhia, mas, sem dúvida, espaços como estes podem ser consultados no planejamento da estada no destino.

Então, já teve alguma experiencia de hospedagem como esta? Que tal contar para a gente?
Abraço! Ecoturis

Ps: Não se trata de um artigo promocional ou de cunho publicitário, mas sim de uma experiência real daquele que o escreveu.

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