15/02/2012


A Economia está presente, direta ou indiretamente, em cada acontecimento de nossas vidas, dos mais simples como o gerenciamento das despesas domésticas, aos mais complexos, como mercado financeiro global e sua influência nos países e no mundo. Muito já se ouviu falar que a economia enquanto ciência está interessada em números e gráficos, por vezes quase indecifráveis por um leigo, como a análise da arrecadação de impostos ou nos cálculos dos juros. Ou seja, para grande parte das pessoas (incluindo também, vários economistas) a economia debruça-se apenas na análise quantitativa.

Desta forma, a linha de pensamento econômico mais tradicional veio sofrendo inúmeras críticas ao observar apenas “um lado de uma moeda de várias faces” que é o mercado. Questões sociais, tecnológicas, culturais e, principalmente, ambientais foram tratadas à revelia por esta ciência.
No entanto, num processo gradual e não finalizado, a Economia passou a estudar questões antes quase ignoradas por ela mesma. Surgem, então, novas áreas de estudo dentro desta matéria que passa a se preocupar com questões mais amplas e que atendam a realidade de um mundo em crescimento populacional, científico e tecnológico, ao passo que caminha para um colapso das fontes de abastecimento do progresso capitalista – ou seja, do colapso dos recursos naturais. Ramos como a Economia Solidária, a Economia Criativa, a Economia Verde (ou economia do Meio Ambiente), Economia do Baixo Carbono, entre outras foram então surgindo gradativamente.
Foi a partir das décadas de 1970/80, com o termo “Desenvolvimento Sustentável” sendo difundido nas mais diversas áreas da academia e da política. Foi neste momento que a Economia passou a analisar com maior dimensão e profundidade as questões ambientais como a exploração dos recursos naturais e a necessidade de aplicação de novas tecnologias produtivas mais eficientes e menos poluentes. Muito embora este preocupação decorresse muito mais a fim de resguardar as atividades produtivas (principalmente a agricultura e o setor energético) do eventual esgotamento do que com questões relativas ao meio ambiente como a degradação de ecossistemas, a perda da biodiversidade local e a extinção de espécies.
A exploração econômica desenfreada levou no passado a importantes perdas ambientais e que continuam a ser reproduzidas atualmente. Essas perdas ambientais geraram impactos na produção de insumos, na indústria e no setor energético, que influenciaram o crescimento dos países e na qualidade de vida de sua população.
 O crescimento baseado em antigas premissas não se sustenta em longo prazo, sendo assim é necessário analisar qual o modelo de desenvolvimento queremos. Aquele imediatista e “falido”, ou por aquele baseado em novos paradigmas, em novos recursos (produtivos, energéticos), tecnologias (ciência da informação), atores (participação legítima da sociedade).



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